domingo, 24 de julho de 2016

DE VOLTA PRA CASA


Quando decidimos morar no exterior, pesquisamos vários blogs com relatos, dicas e conselhos de brasileiros que mudaram de país.

Entretanto, nunca li nada sobre a volta pra casa, que também requer preparação, organização e paciência. Por isso, resolvi fazer este post, para ajudar aqueles que em breve estarão de volta ao aconchego do lar.

Há várias providências a ser adotadas além de cancelar planos de saúde, TV a cabo e devolver o imóvel alugado. E tudo tem que ser pensado com antecedência.
 

1.       Carro

Havíamos comprado nosso carro à vista, logo que chegamos, pois não tínhamos histórico de crédito que nos permitisse fazer um financiamento. Vendemos na CarMax, uma empresa que está presente em várias cidades dos Estados Unidos e que compra e vende carros usados.

Fomos em um dia para eles fazerem a avaliação, que tinha validade de uma semana. Como o carro foi bem avaliado, voltamos lá alguns dias depois e saímos com o cheque nas mãos. Rápido e sem complicação. Não precisamos sequer ir no DMV (Department of Motor Vehicles, o Detran de lá) para fazer a transferência da titularidade. Eles providenciaram tudo.
  

2.       Móveis

Como disse no post em que falei sobre a nossa mudança (link aqui), compramos móveis e vários utensílios domésticos. Pensamos em mandar tudo para o Brasil, em um container, mas desistimos devido à burocracia a que estaríamos sujeitos.

A exemplo da viagem de ida, no retorno somente poderíamos despachar duas malas cada um, decidimos vender o que não seria possível levar. Com o dólar nas alturas, pagar excesso de bagagem não compensaria.

Utilizei alguns aplicativos semelhantes à OLX. Foram eles: OfferUp, Letgo, Close5 e Craigslist. Além disso, entrei em vários grupos de vendas do Facebook, não só da minha cidade como das localidades vizinhas. E consegui vender praticamente tudo.
 

3.        Malas

Por falar em malas, tínhamos vontade de levar muitas coisas, mas o limite para toda a família era de 6 malas de 32kg cada. Pode parecer muito, mas quando começamos a colocar roupas (inclusive as de frio), sapatos, brinquedos, começamos a nos desesperar.

Primeira providência foi comprar uma balança digital. Pagar pelo excesso de peso estava fora de cogitação.

Depois, seguindo a dica de uma amiga, compramos sacos Ziploc que reduzem o volume da bagagem. Funciona assim: Você coloca no saco as roupas que ocupam mais espaço, como casacos e moletons. Com um aspirador de pó, você retira todo o ar do saco. A pilha que antes era gigante fica bem pequena. E o melhor: o saco pode ser reutilizado. Comprei vários e reduzi o volume das minhas malas a ponto de conseguir trazer até um tapete!!!
 


Balança




Malas Prontas!!

























4.       Consularização de Documentos

No post que falo sobre a escola do Tomás (link aqui), expliquei quais documentos precisei levar do Brasil. Fazendo o caminho inverso, também precisei adotar algumas providências exigidas pelas escolas brasileiras, a saber, a consularização dos documentos escolares emitidos no exterior (diplomas, certificados ou boletins).

O consulado brasileiro mais próximo da minha cidade era o Consulado do Brasil em San Francisco, que ficava a mais ou menos 1 hora e meia de carro. Eu poderia fazer todo o trâmite via Correios, mas preferi fazer pessoalmente.

Para consularizar documento escolar, é necessário que o documento seja assinado pelo diretor da escola, tenha sido impresso em papel timbrado e contenha carimbo da instituição. Paga-se o valor de 5 dólares por documento e o recebimento é em 10 dias úteis. Para esse tipo de serviço não é necessário agendamento, mas deve-se observar o horário da distribuição de senhas no consulado.



Aproveitei que estava no consulado e solicitei o atestado de residência. Trata-se de um documento emitido em nome daqueles que residiram pelo menos um ano ininterrupto no exterior. Viagens ao Brasil, de curta duração, não prejudicam a emissão do documento. Para solicitá-lo, levei as últimas 12 contas de energia emitidas em nome do meu marido, além dos contratos de aluguel (esses apenas por precaução). Paguei uma taxa de 15 dólares e recebi também em 10 dias úteis. Utilidade do documento? Quando chegamos em São Paulo, ao passar na alfândega com malas gigantes, o fiscal da Receita fez menção de nos encaminhar para a revista de bagagem. Com o atestado em mãos desde que descemos do avião, dissemos apenas: -Estamos de mudança! E mostramos o documento. Seguimos em frente, junto com os demais.

   

 

 

   

sábado, 16 de julho de 2016

15 CURIOSIDADES SOBRE A VIDA NOS ESTADOS UNIDOS


Estou de volta ao Brasil.

Depois de morar 6 meses no Texas e 1 ano na Califórnia, resolvi fazer um apanhado de “curiosidades” sobre os mais diversos aspectos da vida por lá.

Vale lembrar que as impressões que colhi são próprias das duas cidades em que vivi, que não são nada turísticas. A realidade pode ser bem diferente em outras localidades.


1.       Eles não usam Whatsapp.

A grande maioria das pessoas não sabe sequer que aplicativo é esse.

 

2.       Na escolas, existe o “Homework Pass”.

É um passe que dá direito ao aluno de não fazer a tarefa de casa. Normalmente, a professora distribui homework passes no Natal, no Valentine’s Day e como prêmio de bom comportamento ou participação em sala de aula. Tomás chegou a acumular 14 passes!!

 


 

 

3.       As crianças não usam mochila com rodinhas para levar o material escolar.

Todas as crianças, mesmo as pequenas, usam mochila nas costas.

 

4.       Meninas jogam futebol.

É muito comum meninas jogarem futebol. Tomás fez escolinha de futebol e era o sucesso do grupo, por ser brasileiro. O time era misto e gol de menina valia 2 pontos!!

 

5.       Os americanos usam as garagens como depósito.

A maior parte das pessoas deixa o carro na rua, pois as garagens são tão cheias de coisas que não tem espaço para os carros.

 

 

 

6.       Os restaurantes tem mais de um cardápio.

Muitos restaurantes tem um cardápio para o almoço e outro para o jantar. O menu do almoço é composto, normalmente, de sanduíches e saladas.

 

7.       Os americanos jantam cedo.

Às cinco da tarde os restaurantes já estão lotados e a maioria fecha antes das 10 da noite.

 

8.       Não há frentistas nos postos de gasolina.

Aprendi a abastecer e esta é uma tarefa bem simples. Já cheguei a ir em supermercados com empacotadores, mas nunca fui em um posto de gasolina com frentista.

 

9.       Poucas são as lojas que fazem embalagem para presente.

    Puxando pela memória, consigo citar apenas a Barnes & Noble.

 

10.   As pessoas só montam a decoração de Natal no sábado seguinte ao Thanksgiving.

    Como no Brasil a decoração de Natal é montada no começo de novembro, estranhei o fato de não ter nenhuma casa ou loja enfeitada antes do Thanksgiving.

 

11.   Ao devolver uma mercadoria, você recebe o dinheiro de volta.

Em qualquer estabelecimento, se você devolver uma mercadoria, você tem o direito de optar entre trocar o produto ou receber seu dinheiro de volta.

    

12.   As pessoas usam muitos cupons.

Você já assistiu ao programa de televisão Cupom Mania? Pois os cupons são realmente uma febre nos Estados Unidos. Lojas, farmácias, supermercados, oficinas mecânicas, salões de beleza, todo lugar distribui cupons. E os cupons são bem aceitos. Nenhum vendedor faz cara feia quando você diz que tem um cupom de desconto. Você até encontra para vender pastas para colocar e organizar seus cupons!

 

13.    Chuva nos supermercados.

Nos supermercados daqui vejo frequentemente empregados com um spray jogando água nas frutas e verduras, para manter o frescor e a boa aparência dos produtos. Nos supermercados de lá chove nas gôndolas e tem até barulho de trovão e luzes imitando raios! Gravei um vídeo no Safeway, o supermercado que eu costumava ir em Davis:

 

 

14.   Ninguém está livre de golpes.

Ao contrário do que se possa imaginar, enquanto moramos nos Estados Unidos, recebemos várias telefonemas e e-mails com tentativas de golpes. Em uma das vezes, o golpista dizia ser funcionário do IRS (Internal Revenue Service, o órgão do governo responsável pelo recolhimento de impostos) e informava que estávamos devendo mais de US$ 7,000.00 e que iríamos ser presos caso não providenciássemos o pagamento. Pesquisando na Internet, vi que a maioria dessas ligações são oriundas de países como a Índia, o que dificulta o trabalho da polícia americana.

 

15.   Eles não ligam para aparência.

Você pode sair na rua de pijama, com roupa rasgada ou com cabelo azul e não vai receber qualquer olhar de reprovação. As pessoas usam o que as fazem se sentir bem.  

 

 

  

terça-feira, 5 de julho de 2016

DIÁRIO DE BORDO - SAN JOSÉ, CALIFÓRNIA


San José é a terceira cidade mais populosa da Califórnia, ficando atrás apenas de Los Angeles e San Diego.

Aproveitamos um final de semana para conhecê-la.
 

DAY 1

Saímos de Davis às 4 da tarde. Após 2 horas de viagem de carro, chegamos a San José.

Fizemos check-in no Hotel Hyatt Place. Muito bem localizado, mas café da manhã sem muita diversidade e quarto sem cofre e com frigobar vazio.

Depois de nos acomodarmos, seguimos para o SAP Center, onde assistimos ao show de Andrea Bocelli. Apresentação incrível da turnê “Cinema”.
 
 
 

Terminado o show, muitos restaurantes já estavam fechados. Jantamos no Morton’s Steakhouse. Comida boa mas pratos bem caros.

DAY 2

Tomamos café no hotel e fomos para a Winchester Mistery House. Mansão de 160 cômodos, originalmente de propriedade da esposa do industrial de armas William Winchester, fabricante dos famosos rifles Winchester.

A mansão é supostamente assombrada pelos fantasmas das pessoas mortas com os rifles Winchester. Após consultar um psiquiatra, a esposa do industrial foi aconselhada a manter a casa em obras, 24 horas por dia, enquanto fosse viva, o que afastaria os espíritos.  E assim foi feito, por ininterruptos 38 anos, até a sua morte em 1922.
 





 

 
 
 
 
 
 
 
A visita guiada custou $36,00 (adulto) e $26,00 (criança de 6 a 12 anos) e é possível visitar também o Museu das Armas Winchester. A mansão possui ainda café e lojinha. Fotos e filmagens não são permitidas no seu interior. Passeio bem interessante.

Almoçamos no restaurante português Adega. Comida e atendimento excelentes e preço justo.

À tarde fomos para o The Tech Museum of Innovation, uma espécie de museu de ciências interativo. Tomás adorou.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
À noite jantamos no restaurante espanhol Picasso’s. Muito bom.

DAY 3

Tomamos café no hotel, fizemos check-out e fomos até a pequena cidade de Palo Alto, que fica a aproximadamente 40 minutos de San José.

Chegando lá, visitamos a Stanford University, uma das mais conceituadas universidades americanas.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almoçamos no centro de Palo Alto, no restaurante italiano La Strada. Comida razoável.

O centro de Palo Alto é bem movimentado e repleto de lojas, cafés e restaurantes. Após uma voltinha, seguimos viagem para casa.
 
 
 
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