domingo, 1 de setembro de 2013

PERRENGUE EM ROMA


O post de hoje é uma mistura de perrengue com dica de restaurante. Explico:
Estávamos em Roma, cidade que demorei a conhecer, mas que passou à lista das minhas favoritas desde o primeiro momento.
Depois de uma manhã cheia de passeios, pausa para o almoço. Escolhemos, aleatoriamente, um restaurante chamado Tritone. Demos sorte. Uma típica cantina italiana, com comida saborosa, preço justo e ótimo atendimento. Recomendo.
Éramos eu, meu marido e Tomás, na época com 6 anos. Escolhemos uma boa mesa, tiramos casacos, luvas e gorros e levei o Tomás ao toalete.
O garçom nos indicou o caminho. Bastava descer uma escada e veríamos as plaquinhas de “Uomo” e “Donna”.
Descemos e entrei com o Tomás no banheiro feminino. Ele, na pressa que lhe é típica, fez o que tinha de ser feito e subiu correndo as escadas sem me esperar.
Enquanto eu lavava as mãos, uma senhora ao meu lado secou as dela e saiu do banheiro, subindo as mesmas escadas que o Tomás há pouco havia subido. Foi quando escutei um “POW” seguido de um grito de espanto, ou de horror, para ser mais precisa.
Já prevendo o acontecido, pois sexto sentido de mãe não falha, corri sem sequer enxugar minhas mãos. Encontrei Tomás já sentado à mesa, sem uma gota de sangue no rosto.

–O que houve? -indaguei com medo da resposta.
-Eu pensei que fosse você -ele respondeu, já querendo chorar.
- Que fosse eu? Como assim?
-Eu fiquei escondido no começo da escada para te dar um susto...
-E...? -perguntei, sentindo que o sangue do meu rosto também estava sumindo...
-E acabei dando um susto na pessoa errada, mas foi sem querer!
Enquanto eu também me recuperava do susto, meu marido foi se desculpar com a senhora, que, graças a Deus, não arrumou confusão.
Pouco tempo depois, o dono do restaurante veio nos cumprimentar, pois o garçom havia informado que éramos turistas brasileiros.
Tomás entrou em pânico, pois, sem entender o diálogo, achava que estávamos sendo expulsos. Perguntou insistentemente: - O que ele quer? –O que ele está dizendo?-O que ele está fazendo na nossa mesa?
Quando o proprietário nos presenteou com alguns souvenirs do restaurante, Tomás respirou aliviado.
Mal sabia o gentil italiano que aquele garoto diante dele estava espantando a sua clientela...
 

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